O silêncio saiu na sala por alguns segundos e Giullia foi para a cozinha.
- Por que não comemos algo? Vocês acabam de chegar e não parecem estar de barriga cheia. Jantar ou lanche?
- Sanduíches e vitaminas. Giul, e você, sentem-se. Vamos tentar entender o que está havendo. – Giovvana.
- Miguel é, era... Miguel era meu irmão. – vicente.
Guilianna sentou-se à mesa tentando digerir a informação.
- Ele nunca... Ele não... Sabia. Pode provar. – Giulianna.
- Posso, por DNA, acho. Ele não sabia também, ou eu. Somos meio irmãos e eu... Marquei um encontro com ele, quando eu soube. Pedi que ele fizesse uma coisa, mas... – Vicente.
- Não tiveram tempo. – Giovvana.
- Não, tivemos, mas... Ele se negou e...
- O que pediu a ele? – Giulianna.
- Para dizer... Uma coisa para alguém. Quando ele disse que não... Escreveu uma carta e me deu para que... Assim essa pessoa acreditasse em mim.
- Quem é essa terceira pessoa?
Ele tirou um papel do bolso de trás da calça e passou pelo tampo do bolso para Giulianna à sua frente. Ela desdobrou o papel verde.
- O que é isso? – Giulianna.
- Uma carta. Não sei o que está escrito, mas... Acho que vai reconhecer a letra. Você confia nele, não é?
- Com a minha vida. – Giulianna.
31 de Agosto de 2009-09
12 graus
Olá. Não é tarefa minha dizer, mas... Sabia que o meu irmão não tem culpa de nada, ou eu. Não desconte nele, é só um garoto.
Eu não sabia da existência de Vicente até cinco dias atrás e sim, ele me convenceu, é o meu irmão. Pelas minhas contas foi quando eu estava no internato da academia, quando os meus pais se mudaram, duas vezes em um ano. Calcule onde você estava, entenderá depois.
É uma história... Interessante. Incrível. Talvez sejam necessários alguns testes, eu aconselho que sim para que terminem todas as dúvidas, e bem, acho que somos responsáveis pelo garoto agora, como eu disse não cabe a mim lhe contar.
Quando estiver preparada para conversar, se quiser, sabe como me encontrar.
Miguel.