Liberada do serviço pela próxima semana Giulianna foi levada para casa. Giovanna a aguardava com um copo morno de leite temperado de erva-doce em um calmante.
Ainda que na cama com Giulia e Giovanna a policial conseguiu dormir apenas perto do amanhecer, quando Giulia saia para o ginásio.
De folga pelos próximos dois dias, conforme a sua escala, Giovanna ficou em casa. Mas não percebeu nem mesmo quando Giulianna, ao despertar, mudava a roupa para sair.
Sentada na bancada Giovanna lia o jornal, com os óculos, bebendo café quando notou Giulianna chegar à sala e levantou-se de imediato.
- Giul! Como está? – Giovanna.
- Oi Gio. – Giulianna.
- Por que está vestida assim? O delegado a liberou.
- Não posso ficar longe da investigação. Preciso saber quem fez isso ao Miguel, e porque.
- Giul, isso não fará bem a você. E depois, o velório será esta tarde. Devia ficar em casa e... Descansar. Não será fácil.
- Não é fácil, Giovanna, ficar aqui enquanto o assassino de meu amigo está por aí, solto.
- Então me espere mudar de roupa e a levo.
- Não precisa.
Giulianna saiu fechando a porta.
- Ao menos coma algo! – Giovanna.
Dirigiu repassando na mente a todo o momento os poucos segundos da última ligação de Miguel e sem notar dirigia melhor do que nunca.
Foi recepcionada por olhares de pesar por seus colegas até que Henrique desse ao Delegado sua presença.
- Policial Giulianna, devia estar em casa descansando. – Foroni.
- Vim saber do andamento do caso. Já há suspeitos? – Giulianna.
- Volte daqui a uma semana, Policial, então conversaremos. Você está de licença.
- Eu quero o caso, Delegado.
- Policial, sei que o Policial Miguel era seu parceiro e, neste caso, sua ações neste caso apenas interferiria em seu trabalho.
- Minhas ações!
- Você não terá o caso, Policial Giulianna, isto já está decidido. Em uma semana, quando você retornar, assumirá o caso do assalto ao supermercado.
- O quê?
- O Policial Henrique cuidará deste caso até lá e em sete dias você se juntará a ele nas investigações...
- Não pode...
- Posso e vou Policial Giulianna! Por hora você está dispensada e não espero vê-la aqui tão breve.
O Delegado Foroni contornou a escrivaninha de sua sala e deu atenção aos papéis sobre a mesa. Contrariada Giulianna saiu da diretoria resmungando.
- Giulianna. Policial Giulianna! – Henrique.
Ele alcançou-a e tentou acompanhá-la à frente.
- O que quer? – Giulianna.
- Dizer que sinto, muito mesmo, pelo Policial Miguel. Ele foi um ótimo policial e só posso me sentir... Orgulhoso em estar trabalhando no mesmo distrito que ele. Por isso não imagino o que... – Henrique.
- Policial Henrique.
- Sim Policial Giulianna.
- É para isto que serve o funeral.
Ela abriu a porta envidraçada com um forte impulso deixandoHenrique e ganhando a calçada. Ele voltou ao seu trabalho, Giulianna tomou o caminho da cafeteria que tinha o único dafé capaz de mantê-la acordada.