domingo, 16 de maio de 2010

II

Giovanna saiu secando os cabelos.
- O que foi? – Giovanna.
- Acho que é o parceiro dela. – Giulia.
- Miguel, fala comigo. – Giulianna.
Ela foi para o telefone da casa e telefonou para o seu distrito.
- Delegado Duarte falando. – Duarte.
- Giul falando, delegado. Miguel está na delegacia? – Giulianna.
- Não, Policial Giulianna. P Policial Miguel saiu antes de você e não retornou a este distrito.
- O senhor tem... Tem certeza?
- Algum problema, Policial Giulianna?
- Um telefonema, do Policial Miguel.
- Para a sua residência, a essa hora?
- Não senhor. Para o meu celular, mas parece ainda estar na linha. Há ruídos como de rua, mas o Policial Miguel não responde. Estou seriamente preocupada.
- Ok. Pedirei às viaturas que fiquem atentas.
- Isso não é suficiente, senhor.
- Deseja acrescentar algo, Policial Giulianna?
- Sim delegado. Escutei um ruído, alto, antes que ele cessasse de falar, semelhante a tiro, senhor.
- Está certa disto, Policial Giulianna?
- Posso jurar senhor, ou não teria lhe telefonado.
- Está bem. Pedirei que o aparelho seja rastreado.
- Sim senhor, e eu estou a caminho, levando o telefone.
Ela desligou o telefone fixo a altura que Giulia já estava de pé e Giovanna também preocupada.
- O que aconteceu com Miguel, Giulianna? – Giovanna.
- É o que vou descobrir. – Giulianna.
- Espera, eu te levo. – Giulia.
- Não precisa.
- Você não... – Giovanna.
- Eu não vou te deixar dirigir assim. – Giulia.
- Então vamos logo. – Giulianna.
- Leve o carregador do celular. E me avise assim que houver notícias. – Giovanna.
Ao chegarem ao distrito Giulia não entrou na sala do delegado, deixando Giulianna só, afinal não competia a sua profissão.
O delegado Foroni Duarte encostou a porta e baixou as persianas, indo ao seu lado da escrivaninha e convidando Giulianna a sentar-se, mas permanecendo de pé.
- Não temos tempo para discussão, temos que começar a agir agora. Vou para as ruas. Mantenha-me informada. – Giulianna.
- Policial Giulianna, espere. – Delegado Foroni.
Ela parou ainda com a porta aberta.
- Feche a porta, por favor, e sente-se Policial Giulianna. Precisamos conversar. – Delegado Foroni.
- O que está dizendo? Miguel está em algum lugar possivelmente precisando de ajuda. A menos que... Ele foi encontrado, está na enfermaria? Eu vou até... – Giulianna.
- Giulianna, nós encontramos seu parceiro ferido por dois projéteis.
- Em qual hospital ele está?
- Giulianna, o Policial Miguel, ele... O encontramos tarde demais. Sinto muito.
- O delegado quer dizer...
- Sim, Giulianna. O Policial Miguel está morto. Não houve nada que pudesse ter sido feito.
- Onde está o corpo? Eu quero vê-lo, quero reconhecê-lo! Não pode ser Miguel!
- Eu, realmente, sinto muito.
Pela janela de onde o escritório do diretor tinha vista a toda delegacia Giulia viu Giulianna chorando antes que o delegado vedasse a visão por completo. Mas em seguida a porta abriu-se para que ela entrasse em consolo.

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