sexta-feira, 11 de junho de 2010

V

Seguiram-no de carro, ate que estivesse distante da delegacia e em local mais deserto. Então dois homens saíram de um carro e o seguraram.

- Você vem com a gente, agora. – Teodoro.

O garoto tentou se soltar e escapar, mas não conseguiu.

- Você vai nos contar o que sabe. – Luiz.

- Mas eu não sei de nada! Do que estão falando? – Vicente.

- O que foi fazer naquela delegacia?

- Foi a mulher que me levou! Ela é policial, mas eu juro, não disse nada!

- Veremos isso em breve. – Teodoro.

- Estou dizendo... Fiz o delegado pensar que sou mudo, e ele não sabe de nada!

Os dois homens viram o carro cinza parar a certa distância e uma mulher ruiva sair protegendo-se com a porta ao mesmo tempo em que apontava a arma para o trio.

- Soltem o garoto! – Giulianna.

- Quem é aquela? – Luiz.

- É a policial Giulianna!

- E o que ela sabe?

- Eu não falei nada, eu juro!

- Coloque-o no carro.

- Vamos garoto. – Teodoro.

- Não! Não, por favor! – Vicente.

- Soltem o garoto, agora! – Giulianna.

- Socorro! Ajuda!

- Cale-se! – Teodoro.

O homem deu-se ao trabalho de retirar a arma apenas para acertar uma coronhada em Vicente, deixando-o inconsciente e facilitando o serviço.

Giulinna deitou-se no banco dianteiro quando se tornou alvo de Luiz que usou este tempo para entrar no carro, dirigindo por Teodoro, partir dali.

Com o seu carro alvejado por poucos projeteis Giulianna começou a persegui-los. Estava muito perto, já chamando por reforços, quando um caminhão de lixo a tirou da perseguição.

Giulianna saiu irritada do carro e logo escutava a sirene do único carro em apoio. O opala azul parou próximo.

- Viu o que você fez sua louca? – Valério.

- Eu vou já te mostrar a louca! – Giulianna.

Ela já avançava para o motorista do caminhão quando outro policial a interrompeu.

- Espere! Espere! Pare com isso, Giulianna! – Henrique.

- Isso policial! Mantenha essa louca longe de mim. Já me causou problemas demais. – Valério.

- O senhor se cale ou o prenderei por desacato à Policial Giulianna!

Henrique levou-a para o seu carro e sentou-a no banco carona.

- Calma, me explique o que aconteceu. – Henrique.

Giulianna olhou-o de cima a baixo e ele pareceu ler os seus pensamentos.

- Acho que tem um motivo para que eu esteja na força policial... Vamos para a delegacia. – Henrique.

- Delegado Foroni... Ele podia ter evitado tudo isso. Você está de prova. – Giulianna.

- Prova de que? Por que estava correndo?

- Eu estava em perseguição.

- Perseguição! Você foi afastada!

- Eu sabia que o delegado ia liberar o garoto, por isso o segui.

- Por que se preocupa com o garoto? Ele não fez nada de errado...

Ele foi seqüestrado, Policial Henrique, pelos mesmos dois homens que ele disse que não o perseguiam.

- O garoto foi... O que podem querer com ele?

- Boa coisa não é. Vão interrogá-lo, e talvez torturá-lo.

- Vamos para a delegacia. O delegado não vai ignorar isso.

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