quinta-feira, 17 de junho de 2010

VI

- Vamos indo, o carro foi visto no lado sul da cidade! – Delegado Foroni.

- Entra no carro. – Henrique.

Entraram em uma viatura. O delegado ia com dois outros policiais e uma terceira viatura juntou-se à perseguição, a mais próxima dos fugitivos.

O carro ignorou alguns sinais vermelhos, e as viaturas em seguida, paralisando momentaneamente o trânsito naquele local. Não mais do que fazer o inesperado contorno e deixar que as outras viaturas passarem, despistando-as. A que estava mais atrás, apenas, que conseguiu frear e fazer a volta.

- Boa Gustavo! – Henrique.

O que este cara vai fazer agora? – Gustavo.

O motorista mudou a marcha para ir mais veloz e ligou a sirene imobilizando os outros veículos.

- Ele vai seguir à esquerda, para a praia. Vai tentar escapar pela área rural. – Guilianna.

- Não. Ele vai pelo túnel. – Henrique.

- Coloquem os cintos! – Gustavo.

- Ele vai para a esquerda! – Guilianna.

- Como sabe disso? – Henrique.

- Estou colado a eles. Coloquem os cintos. – Gustavo.

Henrique o fez imediatamente ao segundo pedido.

- Vai colidir? – Henrique.

- O garoto não está com o cinto se colidir ele pode morrer. Ele está inconsciente.

- Vamos torcer para que ele tenha acordado. E colocado o cinto. – Gustavo.

- Não, espere! Ele é a vítima, e testemunha! – Henrique.

- Então, por favor, atirem nos pneus. O combustível está terminando.

- Atirar nos pneus pode não ser a solução também.

- O que faremos, então? Não podemos deixar que ele leve o garoto. – Guilianna.

- Está bem! Está bem! Colida Gustavo. Mas devagar. Nós dois vamos tentar acertar os pneus. – Henrique.

Guilianna e ele se dependuraram, um por cada janela da viatura, e os disparos começaram e o veículo em fuga acelerou.

Correram por pouco mais de um quilometro antes que o carro escuro parasse em um congestionamento provocado por um acidente. A viatura não parou antes, porém, que os bandidos fugissem.

-Droga! Escapara! – Gustavo.

Guilianna foi ao carro ver Vicente. Ele estava inconsciente e ela tentou acordá-lo. Henrique se comunicou com o delegado.

- Escaparam, senhor, mas deixaram o garoto para trás... Confirmo sim, é o mesmo que a policial Giulianna levou à delegacia hoje. – Henrique.

Ele desligou e foi ao carro, de onde Giulianna retirava Vicente.

- Tem uma ambulância a caminho. – Henrique.

- Ele não vai para o hospital. – Giulianna.

- Mas ele tem que ir. Pode ter se machucado seriamente. – Gustavo.

- Não foi. Apenas o deixaram inconsciente, nada demais.

- E para onde vamos levá-lo? – Henrique.

- Para a delegacia. E, depois de esclarecidas algumas questões, vamos contactar seus responsáveis.

- Mas isso é ilegal! Devemos levá-lo ao hospital e informar os seus pais o quanto antes. – Gustavo.

- Exatamente. – Henrique.

-Não há necessidade de hospital, e lá podem conseguir fazer algum mal a ele, o que ainda não conseguiram. – Giulianna.

Na delegacia examinaram Vicente e o deixaram dormir por ainda 15 minutos esperando que acordasse. Porém, ao notarem que não, usaram um odor forte para despertá-lo.

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